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O Ferro e o Desenvolvimento do seu Filho

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A necessidade do Ferro para o bebê que já completou 1 ano

3mins para ler Nov 9, 2017

Por que o ferro é tão importante?

A consequência da falta de ferro é a anemia ferropriva, muito comum em crianças, especialmente nas menores de 2 anos. Atualmente, a anemia por falta de ferro é, de longe, a maior doença causada pela deficiência de algum nutriente, atingindo cerca de 2 a 3 bilhões de pessoas no mundo todo. No Brasil, dependendo da região avaliada, o percentual de crianças anêmicas varia de 22% a 96%.

O ferro tem a função de transportar oxigênio para o músculo e outros tecidos do corpo. Ao comprometer essa função, a anemia altera o metabolismo energético, o crescimento, a imunidade, aumenta o cansaço físico e promove consequências para o sistema nervoso como prejuízo no desenvolvimento mental, incluindo apatia, irritabilidade, redução da capacidade de concentração e aprendizado.

Vale lembrar que 80% das habilidades cognitivas adultas são desenvolvidas até os 2 anos de idade e o comprometimento do desenvolvimento mental na infância pode provocar consequências importantes durante toda a vida.

E onde encontro ferro na alimentação?

O ferro é encontrado naturalmente em diversos alimentos, como nas carnes, nos feijões e nas hortaliças de cor verde escura. Contudo há diferenças importantes na origem do ferro quanto a sua absorção e capacidade de estar disponível para uso no organismo.

O ferro de origem animal, conhecido como ferro heme, tem alta biodisponibilidade. Apenas o cálcio reduz a absorção desse tipo de ferro. Está presente nas aves e peixes, com maior concentração nas carnes de boi, porco e outras carnes vermelhas. O fígado dos animais também é uma excelente fonte desse mineral.

O ferro de origem vegetal, conhecido como não-heme é encontrado nos feijões e nas verduras verde escuras como agrião, rúcula, espinafre, couve e folha de mostarda sofre grande influência não só do cálcio, mas também dos fitatos, oxalatos e fibras presentes nas hortaliças de forma geral. A presença desses fatores reduz sua absorção.

Para aumentar a biodisponibilidade, os alimentos ricos em ferro não-heme devem ser acompanhados de alimentos ricos em vitamina C e proteínas da carne. Uma boa estratégia é comer uma fruta cítrica como abacaxi, laranja, mexerica, morango, caju, kiwi ou acerola e evitar leite ou iogurte no almoço e jantar.

Alimentos fortificados também merecem destaque. Ler o rótulo e observar qual o tipo de ferro foi adicionado ao alimento para torná-lo rico deste mineral é um cuidado que faz a diferença.

As dicas não substituem uma consulta médica. Não deixe de consultar o pediatra de seu filho para obter orientações individualizadas.

Camila Freitas

Camila Freitas

Nutricionista

Nutricionista

Referências Bibliográficas

  • Brasil. Ministério da Saúde. Dez passos para alimentação saudável. Guia alimentar para crianças menores de dois anos / Secretaria de Políticas de Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília/DF: Ministério da Saúde, 2010.

  • Cozzolino SMF. Biodisponibilidade de nutrientes. 3ª ed atual. e ampl. Barueri, SP: Manoele, 2009.

  • Euclydes MP. Crescimento e Desenvolvimento do Lactente. In: Euclydes, MP (Ed). Nutrição do Lactente. Viçosa, MG, P.3-80, 2005.

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